quarta-feira, 2 de março de 2011

Comentário sobre o Leviatã


Depois de um longo tempo de leitura do Leviatã de Thomas Hobbes (iniciei em 2001 a leitura, depois retomei em 2004 para inicio de 2005 quando estava na graduação em ciências sociais, mas li somente as duas primeiras partes desse livro) pude terminar e também fazer uma resenha do mesmo.
É um livro muito interessante de ser lido, pois mostra um pouco da fundamentação filosófica de Hobbes, na qual defendia com muita veemência a monarquia absolutista e apresentando como argumento que o homem em estado de natureza tem uma total liberdade que tanto pode matar como pode ser morta, por isso a única maneira desses garantirem a vida, era doar essa sua liberdade para somente uma pessoa, e que esta devia defender o povo. Inicio do contrato social. É bom lembra que Hobbes nasceu em um período de guerra civil, por isso que ele é um ferrenho defensor da monarquia absoluta, pois só através dessa forma de governo todos os homens conseguiriam ter uma relativa paz além de assegurarem a suas vidas.
A leitura do livro é muito agradável, que vale a pena ver mais detalhe sobre o seu conteúdo em uma resenha que vou publicar no site artigonal em breve.
Vicente Vagner Cruz

Caso Amazonino Mendes


No dia 21 de fevereiro de 2011, em um pequeno do diário Online noticiou o seguinte fato.
“O prefeito de Manaus (AM), Amazonino Mendes (PTB), discutiu hoje com uma moradora da comunidade Santa Maria onde morreram uma mulher e duas crianças soterradas sob um barranco. O prefeito disse que as pessoas dessa comunidade Santa Marta, na zona norte da capital amazonense, ajudariam a prefeitura "não fazendo casas onde não devem", ao que uma moradora não identificada retrucou: "Mas a gente está aqui porque não tem condição de ter uma moradia digna". O prefeito respondeu: "Minha filha, então morra, morra". Depois, a moradora disse que, se era assim, "então vamos morrer todos", ao que o prefeito questiona sua origem. Quando ela responde ser do Pará ele encerra a discussão dizendo: "Então pronto, está explicado". A discussão foi ao ar na íntegra no jornal TV Amazonas, filiada da Globo”. In http://www.diarioonline.com.br/noticia-136216-manaus-prefeito-manda-moradora-paraense-morrer.html
Esse episódio foi destaque nos dois grandes jornais de maior circulação do Estado do Pará que criticaram veemente durante duas semanas esse político amazonense, por discriminar uma mulher principalmente por ser paraense.

Falece o grande pensador paraense Benedito Nunes


Benedito Nunes (1929 - 2011)

O Pará perde um dos seus mais brilhantes filhos: o escritor e filósofo Benedito Nunes. Aos 81 anos, o filósofo enfrentava problemas cardíacos e respiratórios, estava internado há dez dias, mas não resistiu e veio a falecer na manhã deste domingo, 27 de fevereiro.

Benedito nasceu em Belém em 21 de novembro de 1929. Foi um dos fundadores da Faculdade de Filosofia do Pará, posteriormente absorvida pela Universidade Federal do Pará.

Por "A clave do poético", Bendito Nunes recebeu o prêmio Jabuti na categoria crítica literária, em 2010. No mesmo ano, ganhou o prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras pelo conjunto de sua obra.

O filósofo foi um dos grandes colaboradores do CCFC: desde 2003 ministrou inúmeras palestras e seminários devotados aos estudos filosóficos e literários. Ele também colaborou nas duas publicações sobre o CCFC cedendo dois de seus valiosos artigos "Amazônia e suas culturas" e "Meu caminho na crítica".

Agradecemos e rezamos a Deus por ele e sua Esposa Maria Sylvia Nunes, lembrando suas palavras de crítico literário.

"Dançai meus irmãos! A morte virá depois como um sacramento. (‘Aurora' de Carlos Drummond de Andrade).
Por estes versos finais de ‘Aurora', a morte é valorizada como um grande e sacramental gesto de fuga". (Benedito Nunes em "A clave do poético").



Pe. Fabrizio Meroni
Diretor do CCFC